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Novo tema Ufersa

Pesquisa da Ufersa estuda uso de biomassa para geração de energia

Sem categoria 12 de janeiro de 2015. Visualizações: 2144. Última modificação: 12/01/2015 16:16:18
Plantação de Sorgo Sacarino no município de Upanema, RN | Crédito: Cedida/José Francismar

Plantação de Sorgo Sacarino no município de Upanema, RN | Crédito: Cedida/José Francismar

Pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido avançam nas pesquisas com o uso de Sorgo Sacarino para a produção de etanol e a produção de biomassa visando a geração de energia. O experimento instalado no município de Upanema busca fontes mais competitivas e soluções para a redução das emissões de Dióxido de Carbono.

A produção de energia elétrica em larga escala a partir da biomassa é um tema estudado com grande interesse em vários países do mundo. A Ufersa se dedica nas pesquisas a partir de cinco variedades de sorgo, sendo duas variedades originadas na Embrapa, outras duas no Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA e uma terceira gerada e já lançada também pela Embrapa.

O professor José Francismar de Medeiros coordena a pesquisa e explica que ela surgiu da necessidade evidenciada a partir da crise do combustível e também com as preocupações ambientais. Já a escolha pelo sorgo para produção de biomassa justifica-se pelo seu alto potencial energético.

Atualmente, a Cana-de-açúcar é a mais empregada na produção de etanol. No entanto, os pesquisadores da Ufersa defendem que o uso do sorgo sacarino é mais vantajoso, pois detém maior rapidez no ciclo de produção – três a quatro meses –, cultura mecanizável com plantio por sementes e colheita mecânica; adaptável à variação de ambiente como a deficiência hídrica, salinidade e baixa fertilidade.

Levando em consideração as condições do Semiárido, a Cana-de-Açúcar pode chegar à produção de até 100 toneladas por hectares num ano, mas com um consumo de água muito maior do que do sorgo.

Em contrapartida, como detalha o coordenador, os colmos de sorgo produzem açúcares diretamente fermentáveis e a produção de biomassa é de 60 a 80 toneladas por hectares. “Pode-se utilizar ainda o bagaço como fonte de biomassa para industrialização, cogeração de eletricidade, etanol de segunda geração ou forragem para animais, contribuindo para um balanço energético favorável”, complementa ele.

Plantação de Sorgo Sacarino no município de Upanema, RN | Crédito: Cedida/José Francismar

Plantação de Sorgo Sacarino no município de Upanema, RN | Crédito: Cedida/José Francismar

A equipe que desenvolve o estudo é composta ainda pelos estudantes de Pós-doutorado Halan Vieira de Queiroz Tomaz (CNPq) e o doutorando Raniere Barbosa de Lira.

Os três integrantes do Programa de Pós-graduação da Ufersa pretendem até o final do estudo determinar as variedades de forrageiro e sorgo mais indicado para a região para produção de sacarose e biomassa; determinar o arranjo de plantas e lâminas de irrigação para a máxima produtividade de biomassa; quantificar produção de biomassa; produzir briquetes e fazer a conversão em energia e quantificar a produção de caldo e as características tecnológicas.

Números

20 mil reais do orçamento próprio da Ufersa são investidos na pesquisa, que também recebe incentivo do CNPq.