Numa reunião histórica, o Conselho Universitário (Consuni), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido aprovou agora à tarde, quarta-feira, 11, o voto paritário para consulta prévia para a eleição de reitor e vice-reitor. A aprovação, por 9 x 4, aconteceu após calorosa discussão durante toda a manha. Três conselheiros se abstiveram do voto. “A reunião de hoje representou mais um avanço para universidade que trata de forma mais democrática possível, a consulta a comunidade universitária para a indicação de reitor e vice-reitor”, opinou o professor José de Arimatea de Matos, reitor da Ufersa, que presidiu a reunião do Consuni.
“A reunião de hoje representou mais um avanço para universidade que trata de forma mais democrática possível, a consulta a comunidade universitária para a indicação de reitor e vice-reitor”
Numa disputada mais acirrada ainda pela manhã também foi mantida a proposta, de no mínimo três anos de vínculo com a instituição, para o candidato ao cargo de reitor. Alguns conselheiros sugeriram aumentar o prazo para 10 anos, mas a proposta foi rejeitada por 10 x 09. Com a paridade, já na próxima eleição, prevista para 2016, o voto dos professores, servidores técnicos administrativos e estudantes passam a ter o mesmo peso, ou seja, 33,3%. Antes, voto dos professores equivaleria a 70% e os outros 30%, divididos entre os servidores (15%) e os estudantes (15%).
Com a decisão do Consuni, a Ufersa passa a ser a 38ª, entre as 57 universidades federais do país, a adotar o voto paritário para eleição de reitor. Os Institutos Federais também já aderiram peso igual entre os três segmentos. Antes, os conselheiros contrários a paridade apresentaram a proposta de adiamento da votação, sob a alegação que não houve ampla discussão entre o segmento docente. A proposta foi rejeitada por 13 x 5, com 02 abstenções. Os conselheiros favoráveis colocaram que o assunto vem sendo amplamente discutido há mais de dois anos.
Para o representante do DCE, o estudante de agronomia, Igor Mendonça, a aprovação do voto paritário representa a democratização dos espaços universitários. “Se não há um peso igual para todos os segmentos, deparamos com uma desproporcionalidade, a paridade não se trata de uma disputa de categorias, mas um avanço para a democratização da universidade”, concluiu o representante do DCE da Ufersa, comemorando a aprovação da paridade.
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