Um dos equipamentos mais importante para a formação dos estudantes – seja de graduação ou da pós-graduação – é o laboratório. É nesse espaço que a comunidade acadêmica põe em prática todo o conhecimento adquirido nos livros e na sala de aula. É também nos espaços dos laboratórios que a ciência existe por excelência.
Prova dessa importância está no bloco de laboratórios do curso de Engenharia Mecânica da Ufersa, localizado no Câmpus Leste, em Mossoró, ao lado do Bosque dos Juazeiros. A unidade é dotada de 5 salas laboratoriais que atendem as necessidades do curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, programas de Pós-graduação em área correlata, projetos de Pesquisa e Extensão e, mais especificamente, à Iniciação Científica.
Com equipamentos de alta precisão, o corpo docente do curso desenvolve atividades em basicamente três áreas da Mecânica: Projetos; Material e Processos de Fabricação; Térmica e Fluídos, esse último campo ainda se dá de forma incipiente, sendo as duas primeiras mais fortes e consolidadas nas atividades.
O professor Manoel Quirino da Silva Júnior, que divide a função de responsabilidade técnica dos laboratórios com o professor Zoroastro Torres Vilar, ambos lotados no Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas – DCAT, ressalta que a estrutura, além de servir aos cursos de Tecnologias da Ufersa em Mossoró, também fica à disposição para atividades dos câmpus de Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros.
As pesquisas e atividades desenvolvidas na unidade têm reflexo direto para a comunidade, com destaque principalmente para as iniciativas com automobilismo, aéreodesign, ensaio de materiais e as ligas com memória de forma.
Essa última, também denominada por material inteligente, diz respeito, mais especificamente, ao trabalho com material que tem a capacidade para memorizar a sua forma e, com isso, mesmo depois de formado, ele consegue retornar à sua formatação de origem. São pesquisas que contribuem diretamente para o avanço de soluções em áreas como a ortodontia.
Para ser mais exemplificado, esse material pode ser encontrado no fio usado em tratamentos para correção ortodôntica e, na medicina, nos procedimentos de uso de cateter.
Já por meio do projeto de Extensão Mini-Baja, em atividade na Universidade desde 2009, o coletivo de professores de estudantes que integra a equipe CactusBaja também se vale dos laboratórios para o desenvolvimento de protótipos de carros que são usados nas competições do gênero. É desses laboratórios que saem soluções que melhoram o desempenho do veículo.
Exemplo disso está no último lançamento do Baja: um protótipo de carro montado com equipamentos mais eleves. E na aviação civil, a contribuição vem com trabalhos na área do aerodesign. As salas dos laboratórios de Mecânica são preenchidas ocupadas com equipamentos e instrumentos que auxiliam na área de Soldagem; Ensaios, responsáveis pela medição das propriedades; e Usinagem, para fabricação dos elementos.
Nova estrutura – Logo em breve, toda essa distribuição dos laboratórios deverá ser alterada com a entrega do Prédio das Engenharias que está sendo construído no Câmpus Leste. A previsão é que o número de laboratórios seja ampliado para 14, sendo 11 somente na nova estrutura.
O professor Zoroatro antecipa que uma das vantagens com a nova estrutura é que poderá se reforçar os trabalhos de pesquisas na área de Térmica e Fluido, que já dispõe de equipamentos, mas nem todos ainda foram usados esperando o novo espaço físico.
O curso de Engenharia Mecânica da Ufersa integra a grade de cursos do segundo ciclo de formação do curso de Ciência e Tecnologia da Ufersa, recebendo 30 estudantes por semestre em Mossoró e também no Câmpus Caraúbas. No Câmpus Central o curso foi criado em 2007 e conta hoje com cerca de 100 estudantes e 14 professores, que também preenchem a grade de aula do curso de CeT.