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Em 4 anos do Ciência Sem Fronteira, Ufersa é segunda IES do RN com maior número de bolsista

Leandro Nascimento à época que partiu para os EUA pelo Ciência Sem Fronteira

Leandro Nascimento à época que partiu para os EUA pelo Ciência Sem Fronteira

Em quatro anos do Programa Ciência Sem Fronteiras (CsF), já chega a 91 o número de estudantes dos cursos de graduação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) que tiveram a oportunidade de complementar seus estudos em uma universidade do exterior. Desse total, 48 deles já retornaram ao Brasil e, agora, seguem novos rumos na vida acadêmica ou, para os já graduados, no mercado de trabalho e na Pós-graduação.

É o caso de Leandro Nascimento, 26 anos, recém-graduado em Ecologia na turma de concluintes do segundo semestre de 2014, ele foi da primeira seleção do Programa. Permaneceu na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, entre meados de 2012 a 2013, período que ampliou as leituras para auxiliar no estudo sobre os reflexos do declínio de estoque pesqueiro no litoral do Estado do Maranhã.

[ufersa-cite credits=”Leandro Nascimento, graduado em Ecologia pela Ufersa” align=”alignright”]Através dos intercâmbios e das pesquisas pude explorar diversas regiões que por ser de família humilde, seria praticamente impossível ter conhecido tantos lugares e ter tido contato com tantas culturas diferentes em tão pouco tempo. Essas experiências, inclusive ter conhecido o Nordeste, foram fundamentais para me tornar um candidato competitivo e capaz de disputar uma bolsa de Doutorado no exterior logo após a minha graduação[/ufersa-cite]Diferentes gerações de pescadores foram inqueridas durante a realização da pesquisa, o que permitiu concluir a existência de uma distinção para a noção de quantidade em relação ao pesqueiro armazenado. Ou seja: “percebemos que a quantidade de peixe estocado vem diminuindo com os anos e, mesmo assim, as gerações apontam como favoráveis essa quantidade. Isso aponta para uma noção diferenciada de estoque nas diferentes gerações”, explica Leandro.

Depois que retornou ao Brasil para continuar a graduação na Ufersa, Leandro se debruçou no Projeto de Conclusão do Curso com foco nos aspectos socioeconômicos do Parque Nacional da Furna Feia, localizado entre as cidades de Mossoró e Baraúna. A Unidade de conservação foi criada em 2012 e enfrenta o desafio de aliar sustentabilidade da cultura e da biodiversidade local.

Natural da cidade de Salto, em São Paulo, hoje Leandro espera em casa o resultado da seleção do Doutorado Pleno nos Estados Unidos, para onde deverá voltar também financiado pelo Programa Ciência Sem Fronteira. Se aprovado, o ecólogo irá dividir seu tempo entre os EUA e a Amazônia maranhense, já que ele pretende pesquisar a relação entre o declínio da biodiversidade e a transmissão de doenças infecciosas.

Leandro comemora a oportunidade da graduação sanduiche e pontua as vantagens da experiência. “Estudar no exterior me ajudou bastante na graduação. Foi uma grande oportunidade de contato com teorias diferentes na minha área de estudo e a proximidade com outros laboratórios, além também de poder aperfeiçoar um segundo idioma”, descreve ele.

Internacionalização

Desempenho da Ufersa no Ciência Sem Fronteiras, segundo Portal do Programa

Desempenho da Ufersa no Ciência Sem Fronteiras, segundo Portal do Programa

A Ufersa já é a segunda Instituição de Ensino Superior do Rio Grande do Norte com o maior número de estudantes fora do país pelo Ciência Sem Fronteiras. Somente na Pós-graduação, sete trabalhos estão sendo desenvolvidos em nível de Doutorado Sanduíche, modalidade na qual o pesquisador faz parte do trabalho em um dos Programas de Pós-graduação da Ufersa e outra fase ele passa em uma Universidade estrangeira. Esse número é ampliado com mais um doutorando Pleno e um Pós-doutorado.

Os Estados Unidos continuam sendo o destino de maior concentração dos alunos contemplados pelo CsF na Ufersa. Já somam 58 o total que partiram para lá, seguido de 11 no Canadá, 8 na Espanha e na sequência aparecem Portugal, Reino Unido, Austrália, Irlanda e Itália.

O Governo Federal já distribuiu quase 87 mil bolsas pelo Programa e o Rio Grande do Norte ocupa a quarta posição entre os Estados da região Nordeste no ranking de captação de bolsas com o montante de 1.712 pesquisadores contemplados nas diversas modalidades.

“O contato desses alunos com outras culturas e sistemas educacionais contribuirá certamente para uma formação diversificada e completa. Um ponto bem importante do Programa Ciências Sem Fronteiras é o financiamento dos estudos de graduação e pós-graduação no exterior”, frisa Aníbal Mascarenhas, chefe da Assessoria de Relações Internacionais – ARI da Ufersa.

Serviço –

Para maiores informações sobre o Programa, acesse AQUI o Portal do Governo Federal ou procure a Assessoria de Relações Internacionais nas salas 9 e 18 da PROPPG (Campus Leste), próximo ao CTARN.

Confira na galeria um pouco dos registro de Leandro Nascimento durante as pesquisas para o intercâmbio.