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Comitê de Iniciação Científica explica caminhos para Pesquisa

Comitê de Iniciação Científica explica caminhos para Pesquisa

Professor Luis Mourão, presidente do Comitê de Iniciação Científica da Ufersa

CRÉDITO: Eduardo Mendonça | Legenda: Professor Luis Mourão, presidente do Comitê de Iniciação Científica

O professor Luis Morão Cabral Ferro está há pouco mais de sete meses na presidência do Comitê de Iniciação Científica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), uma instância consultiva sobre aspectos da iniciação científica (IC) na Universidade. Nesta entrevista concedida ao Portal Ufersa, professor Luis Morão detalha a política interna de fomenta à IC e ainda explica os procedimentos necessários para os alunos de graduação que se interessam pelo caminho da pesquisa.

Atualmente, existem 195 bolsistas de IC financiadas na Ufersa. Desse total, 85 são financiadas pelo CNPq e outras 110 são bancadas com orçamento próprio da Instituição. No entanto, o número de alunos de graduação envolvidos na IC é bem maior, visto que outros 80 estudantes atuam como voluntários nos programas científicos desenvolvidos na Ufersa.

Além da presidência do Comitê, o professor Luís Morão também responde pela coordenação do Curso de Engenharia Mecânica do Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas (DCAT). Possui doutoramento em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade Técnica de Lisboa (2009), com especialização em Engenharia Mecânica e foco em Turbomáquinas.

Entrevista

O senhor assumiu a titularidade do Comitê de Iniciação Científica da Ufersa recentemente, explique-nos qual é o papel e objetivo de trabalho deste comitê?
De fato assumi em Fevereiro de 2014, mas no ano 2013 também fui presidente do Comitê de Iniciação Científica. O Comitê é constituido por catorze membros, professores doutorados, dois de cada departamento ou campus da Ufersa. O objetivo do Comitê é promover e coordenar todo o trabalho de iniciação científica da Ufersa. O comitê coordena as atividades relacionadas com a Iniciação Científica, quer relativa às bolsas financiadas pelo CNPq , bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI),  quer as bolsas Institucionais de responsabilidade da própria Ufersa, bolsas do Programa de Iniciação Científica Institucional (PICI)  e do Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica (programa PIVIC). As principais tarefas são a análise de candidaturas e distribuição das bolsas pelos orientadores e respectivos bolsistas. O comitê é igualmente responsável pelo acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos orientadores e bolsistas ao longo do período da bolsa.

O acompanhamento é efetuado através da análise de um relatório parcial e de um relatório final da responsabilidade do aluno bolsista e do respectivo orientador. No final de cada ano é realizado um Seminário de Iniciação Científica (SEMIC), com a presença de avaliadores externos do CNPq, em que os alunos bolsistas efetuam apresentações orais ou em pôster dos trabalhos desenvolvidos. Os avaliadores externos realizam ainda uma avaliação global do Programa de Iniciação Científica.

[ufersa-cite credits=”” align=”alignleft”]As atividades de Iniciação Científica desenvolvidas podem ser aproveitadas pelos alunos na graduação como atividade complementar[/ufersa-cite]

Para o aluno de graduação que chega à Universidade, qual o caminho deve traçar para iniciar a vida acadêmica com ênfase na Pesquisa?
A informação sobre a iniciação científica encontra-se na página da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Gradução (PROPPG) do site da Ufersa. Na página inicial da PROPPG está a composição do Comitê e um link com indicação dos membros do Comitê por Departamento ou campus, que o aluno pode contatar diretamente. No interior da página no link da iniciação científica o aluno encontra mais informações sobre os editais e sobre os seminários SEMIC ocorridos em anos anteriores. O aluno pode ainda se preferir contatar diretamente os professores do Comitê de Iniciação Científica do Departamento ou Campi da Ufersa.

A Ufersa dispõe de uma Política Interna de Iniciação Científica? Se sim, como funciona? Em contrapartida, existe uma política nacional (por parte do Ministério da Educação ou da Ciência e Tecnologia) de fomento à Iniciação Científica? O senhor poderia nos explicar quais são suas diretrizes?
Sim! A Ufersa dispõe de uma política de Iniciação Científica próprio. Existe o programa PICI, cujos orientadores terão que ser professores ou investigadores com o título de doutor, que atribui bolsas remuneradas. O processo de seleção e atribuição destas bolsas ocorrem em simultâneo com os processos das bolsas PIBIC. Em 2013 foram atribuídas 110 bolsas cuja remuneração é totalmente suportada pela Ufersa.  Além disso, existe um programa de bolsas voluntárias PIVIC, de que pode ser orientador qualquer professor ou investigador da Ufersa, com o grau de mestre ou doutor, que permite envolver todos os alunos que por qualquer motivo não tiveram bolsas remuneradas. As candidaturas ao programa PIVIC ocorrem quatro vezes durante o ano. As atividades de Iniciação Científica desenvolvidas podem ser aproveitadas pelos alunos na graduação como atividade complementar do respectivo curso.

A política nacional é da responsabilidade do CNPq diretamente e inclui as bolsas PIBIC e PIBIC-AF, com bolsas de ação afirmativa para alunos cotistas.  O CNPq define que os objetivos dos programas PIBIC são: contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa; contribuir para a formação científica dos bolsistas que se dedicarão a qualquer atividade profissional e contribuir para reduzir o tempo médio de permanência dos alunos nos programas de pós-graduação. No sentido de efetuar um balanço atividade desenvolvida o CNPq realiza um encontro com todos os responsáveis ou coordenadores do programa em cada instituição de ensino superior.

[ufersa-cite credits=”” align=”alignleft”] obrigatório que exista empatia com o tema de trabalho de pesquisa a desenvolver[/ufersa-cite]

Qual perfil o aluno – ou quais habilidades – ele deve demonstrar para desenvolver uma vida acadêmica produtiva em pesquisa?

O aluno deverá ter como principais capacidades um bom desempenho acadêmico com índice de rendimento acadêmico mínimo de 60%. O aluno bolsista não poderá ter qualquer vínculo empregatício, nem receber qualquer tipo de salário ou remuneração. Deverá ter capacidade para dedicar um número significativo de horas semanais ao trabalho de pesquisa a desenvolver e ser cuidadosa e persistente na busca de soluções. Será também obrigatório que exista empatia com o tema de trabalho de pesquisa a desenvolver.

Como o Comitê de Iniciação Científica trabalha com questões delicadas como o plágio nos trabalhos acadêmicos, cópias indevidas, trabalhos sem ineditismos e demais questões éticas da Pesquisa?
Os trabalhos de iniciação científica são da responsabilidade do bolsista e do orientador. O orientador será o primeiro responsável. Os relatórios parciais e finais de atividade da bolsa são analisados pelos membros do comitê que, sobre os mesmos, emitem parecer. Os trabalhos desenvolvidos são apresentados no Seminário de Iniciação Científica e os resumos divulgados na página da PROPPG no site da Ufersa.

Quantos trabalhos de Iniciação Científica existem na Ufersa? Quantos alunos estão envolvidos? Há bolsas de auxílio
Existem bolsas de auxílio do CNPq e da Ufersa. O número de bolsas do CNPq (PIBIC e PIBITI) é de 85, financiadas pela UFERSA 110 e voluntárias mais de 80. O número de alunos envolvidos na iniciação científica, incluído ainda outros programas, como os Primeiros Projetos de Pesquisa, deverá assim ultrapassar os trezentos bolsistas. As bolsas PIBIC e PIBITI têm um valor remunerátorio estabelecido pelo CNPq que no momento atual é R$ 400,00.  O valor das bolsas PICI é e estabelecido anualmente pela Ufersa e tem um valor semelhante ao da bolsa do CNPq.

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Conheça o currículo do entrevistado
Portaria de nomeação dos membros do Comitê